O Clostridium difficile é reconhecido como patógeno responsável pela colite pseudomembranosa associada a antibioticoterapia, visto que pode interferir no equilíbrio das bactérias benéficas da flora intestinal, e tem sido associado também a quadros diarreicos menos graves.
Recentemente foi observado um aumento da incidência de casos graves de colite pseudomembranosa nos Estados Unidos, Canadá e Europa, sendo coincidente com o surgimento de uma nova cepa hipervirulenta. Casos de infecções pela nova cepa foram relatados na Austrália Ocidental, Coreia do Sul, Hong Kong e Costa Rica, mostrando o potencial que o microorganismo possui de se disseminar pelos continentes. Estudos já relataram a ocorrência desta cepa hipervirulenta em países mais próximos ao Brasil, estimando-se a possibilidade de sua presença na América Latina.
A contaminação hospitalar pelo bacilo é uma das que mais preocupam autoridades de saúde: por sua taxa de mortalidade, que chega a 17%, e pela dificuldade em eliminar os esporos da bactéria e evitar infecções dentro do ambiente hospitalar. Mesmo os processos usados para lavar a roupa hospitalar não são capazes de eliminar totalmente os esporos do Clostridium difficile dos lençóis, o que os torna uma potencial fonte de propagação da bactéria.
O diagnóstico deve ser interpretado dentro do cenário clínico do paciente. É de extrema importância para identificar o quadro do paciente o quanto antes e interrompê-lo antes que se propague. Além de ser essencial para gestão, prevenção e controle da infecção. Em geral se pesquisa o bacilo em fezes diarreicas.
Conforme as diretrizes da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA), da Sociedade Americana de Epidemiologia (SHEA) e da Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID), para diagnosticar o C. difficile, nenhum teste é adequado quando usado como teste autônomo. Recomenda-se combinar dois testes em um algoritmo para otimizar o diagnóstico e diminuir os resultados falsos positivos. Preconizado pela IDSA, SHEA e ESCMID, o primeiro teste para detecção de GDH classifica de forma confiável e altamente sensível as amostras com um resultado de teste como não ICD (Infecção por C. difficile). O segundo teste é o teste reflexo em amostras com resultado positivo para o primeiro teste. O teste para detecção da Toxina A/B, além de ser mais específico, tem a diferenciação da Toxina. As amostras com resultado positivo são classificadas como ICD.
Figura 1: Algoritmo recomendado para testes de ICD
A ECO Diagnóstica possui a linha completa para detecção qualitativa de GDH e Toxina A/B ou simultaneamente GDH e Toxina A/B : GDH ECO Teste, CD Toxina A/B ECO Teste e Toxin/GDH ECO Teste.
Os testes ECO liberam resultados em apenas 10 minutos com preparação simples da amostra utilizando pequeno volume de amostra e tampão. Possui sensibilidade e especificidade de 99% e podem ser armazenados a temperatura de 2 a 30°C.
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Referências Bibliográficas:
1 – Crobach M.J.T., et al. “European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases: update of the diagnostic guidance document for Clostridium difficile infection”. Clinical Microbiology and Infection. 2016, 22: 63 – 81.
2 – Cohen S.H., et al. “Clinical Practice Guidelines for Clostridium difficile Infection in Adults: 210 Update by Society for Healthcare Epidemiology of America (SHEA) and the Infectious Diseases Society of America (IDSA)”. Infection Control and Hospital Epidemiology. 2010, 31(5): 431 – 455.
3 – Perreira N.G. “Infecção por Clostridium difficile. Jornal Brasileiro de Medicina. 2014, 102(5): 27 – 49.
4- Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente –IBSP. Disponível em: www.segurançadopaciente.com.br.
5- Moreira B.O., Pais L.S., Costa L. A. “Diarreia causada por Clostridium difficile.” Revista HU, Juiz de Fora, v.43, nº2, p. 155-161, abr/jun. 2017.